Quinta-feira, 28 Março

Morreu a atriz Caroline Cellier

Com mais de 50 filmes entre cinema e tv, e a participação em duas dezenas de encenações teatrais, a atriz Caroline Cellier faleceu hoje aos 75 anos.

A notícia da sua morte foi anunciado pelo filho, Nicolas Poiret, na sua conta no Instagram: “Hoje, separamo-nos por uns instantes, mas você foi e será eternamente a minha força, o meu riso, a minha angústia, o meu escárnio, a minha rabugice, a minha cavaleira contra as injustiças, o meu detetor de hipocrisia, a minha lua, a minha mãe, e a minha batalha!

Atriz experiente no teatro, ela surgiu no cinema na década de 1960, destacando-se como uma heroína hitchockiana de “Que la bête meure” de Claude Chabrol em 1969. Nesse mesmo ano apareceu ainda em “Viver, Amar, Morrer“, de Claude Lelouch, trabalhando posteriormente com nomes do cinema gaulês como Édouard Molinaro (As Mais Doces Confissões, 1971; O Chato, 1973), Henri Verneuill (O Poder do Dinheiro, 192), Roger Vadim (Jogos de Amor, 1983) e Alain Chabat (Didier, 1983).

Voltaria a encontrar Chabrol (Correspondência violada, 1985) e Lelouch (Matrimónio, 1974) no seu percurso, protagonizando em “Thelma, Louise et Chantal” o seu último projeto no cinema, no qual acentua uma marca pessoal nos seus papéis de retratar a mulher livre. Neste último filme, Cellier aceita fazer o papel de Gabrielle ao lado de Jane Birkin e Catherine Jacob. Na fita, ela é uma das três mulheres, Chantal, Gabrielle e Nelly, que decidem ir juntas – em modo road trip – ao casamento de um ex.

E por falar em relacionamentos, foi o seu marido, Jean Poiret, que lhe deu um dos melhores papéis da sua carreira – nomeado ao César de melhor interpretação – em “Le Zèbre” (1993) , adaptação do romance de Alexandre Jardin, onde interpreta uma esposa entregue a um jogo perverso do marido para reanimar o casamento. 

Notícias