Sábado, 18 Maio

400 filmes e muitas atividades: o cardápio da 21.ª edição MONSTRA | Festival de Animação de Lisboa

De 16 e 27 de março, a 21.ª edição MONSTRA | Festival de Animação de Lisboa regressa à capital com 400 filmes em exibição, espalhados pelas diversas secções habituais, onde se inclui as diversas competições e um foco no cinema de animação da Bulgária, o país convidado esta temporada.

Partindo do tema “A Animação analógica e digital”, a programação deste ano incide, como explicou o diretor artístico da MONSTRA, Fernando Galrito, “sobre os envolvimentos das técnicas e estéticas onde se alicerçam os antigos e novos projetos e filmes que ligam a imagem – desenhada ou esculpida – com as novas imagens criadas por meios digitais”.

A abrir o evento, a dia 16 de março, vamos encontrar “Belle”, do japonês Mamoru Hosoda, estreado no último Festival de Cannes, enquanto na competição de longas-metragens encontramos alguns títulos que fizeram furor em certames como Annecy. A “Ma Famille Afghane”, da checa Michaela Pavlátová, “La Traversée”, da francesa Florence Miailhe, e “Bob Cuspe”, do brasileiro Cesar Cabral, juntam-se ainda o emotivo “Even Mice Belong in Heaven“, ou o socialmente relevante na luta contra a discriminação e diferença “The Ape Star“.

Na competição de curtas, destaque imediato para “Affairs of the Art”, de Joanna Quinn, Prémio Especial de Realização em Annecy e nomeado ao Óscar para Melhor Curta-metragem de Animação. A ele juntam-se ainda títulos como “Bad Seeds”, do canadiano Claude Cloutier, “Bestia” (nomeado aos Annie Awards), do chileno Hugo Covarrubias, e “The Awakening of the Insects”, da dupla francesa Stéphanie Lansaque e François Leroy.

A competir pelo Prémio SPA | Vasco Granja encontramos 11 curtas-metragens portuguesas, produzidas em 2021: “A Boneca de Kafka”, de Bruno Simões, “A Criação”, de José Xavier, “O Teu Nome É”, de Paulo Patrício, “Tom Tom”, de João Levezinho, “Degelo” de Susana Miguel António e Filipa Gomes da Costa, “Hillocks”, Maria Constanza Ferreira, “O Voo das Mantas”, de Bruno Carnide, “Coalescence”, de João Pedro Oliveira, “Who Can Resist?”, de Pedro Serrazina, e “O Homem do Lixo”, de Laura Gonçalves.

Noutros destaques, antes de chegar comercialmente às salas de cinema nacionais, em abril, o filme dinamarquês “Flee – A Fuga”, que fez história nos Óscares ao conseguir a tripla nomeação a melhor filme internacional, melhor documentário e melhor animação, vai ser exibido na MONSTRA, inserido na secção DokAnim.

Flee

A MONSTRA conta ainda com as secções de Competição de Curtas-metragens de Estudantes, Competição Curtíssimas (filmes até 2 minutos) e competição MONSTRINHA – a secção do festival dedicada aos mais novos e às famílias. Já fora da competição, realce para um programa especial, denominado AnimaBR, dedicado ao cinema de animação brasileiro; a tradicional secção Históricos, onde se celebram os 85 anos de “Branca de Neve e os Sete Anões”, a primeira longa-metragem de animação da Disney; as Retrospetivas e Homenagens, onde o foco assenta em 2 efemérides ligadas a estúdios de animação portugueses (os 10 anos do BAP e os 30 anos da Animanostra); a homenagem a uma das principais personagens de animação da Eslovénia, Koyaa; e as tradicionais secções TerrorAnim (animação de terror e fantasia), Triple X (cinema de animação erótico) e Animação Experimental (com curadoria do festival austríaco Ars Electronica).

Dez exposições, onde se inclui a “Do Outro Lado da Câmara, Os Demónios do Meu Avô”, inaugurada a 11 de fevereiro, fazem também parte da MONSTRA, e ativações urbanas de realidade aumentada, em parceria com a Unloop, fazem também parte do cardápio do certame.

A MONSTRA vai decorrer no Cinema São Jorge, Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, Cinemateca Júnior e Cinema City Alvalade. Aos fins de semana, as sessões do programa Pais e Filhos acontecem no Museu Nacional de Etnologia, Centro Cultural de Carnide e Casa das Artes de Sines.

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