A propósito dos pedidos de boicote ao cinema russo, depois da invasão da Ucrânia por parte da Federação Russa, o Festival de Cinema de Cannes divulgou um comunicado onde afirma que proibirá delegações institucionais russas de visitar a sua próxima edição, mas não o fará em relação a cineastas.
“Como o mundo caiu numa grave crise e vê uma parte da Europa em estado de guerra, o Festival de Cinema de Cannes gostaria de expressar todo o seu apoio ao povo ucraniano e a todos aqueles que estão atualmente na Ucrânia. Por mais modesto que seja, estamos a unir a nossa voz a todos aqueles que se opõem a esta situação inaceitável e denunciam a postura da Rússia e dos seus líderes. “, diz o certame, adiantando que não “aceitará a menor presença de qualquer instituição ligada ao governo russo” no próximo Festival de Cannes, a decorrer de 17 a 27 de maio.
O evento, no entanto, elogiou a coragem de todos aqueles na Rússia arriscam as suas vidas para protestar contra a agressão e invasão da Ucrânia: “Entre eles estão artistas e profissionais que nunca pararam de lutar contra o atual regime e nunca seriam associados a esses atos intoleráveis e àqueles que estão a bombardear a Ucrânia”.
Um exemplo desses nomes dissidentes do panorama russo que Cannes tem acolhido é Kirill Serebrennikov, cujos dois últimos filmes, “Petrov’s Flu” e “Leto”, competiram no festival.
