Depois de em 2017 Alejandro González Iñárritu fazer história, na 70ª edição do Festival de Cannes, com uma inovadora peça de realidade virtual, “Carne y Arena (Virtualmente Presente, Fisicamente Invisível)”, o certame vai apresentar na sua edição deste ano uma nova competição, denominada “Competição Imersiva”.
Segundo o Festival de Cannes, o surgimento desta nova secção está ligada “ao aparecimento de obras originais que estão a ultrapassar os limites da narrativa“, procurando-se destacar “a próxima geração de artistas internacionais que estão a redefinir a narração de histórias e a inventar novas experiências narrativas que vão para além do tradicional ecrã de cinema bidimensional“.
Assim, a competição apresentará obras imersivas, coletivas e interativas que utilizam a realidade virtual, a realidade aumentada e outras tecnologias de ponta para transcender a narrativa convencional e transportar o público para outros mundos, narrativas e épocas. Para a sua edição inaugural, um comité de especialistas da indústria e representantes do Festival de Cannes, sob a supervisão do Delegado Geral do Festival de Cannes, selecionará oito obras imersivas em competição, a que se junta uma seleção comissariada de obras não competitivas, ilustrando a sinergia entre experiências imersivas e cinema.
Todas estas obras estarão acessíveis aos participantes do Festival de Cannes e do Marché du Film durante todo o Festival, de 15 a 24 de maio. As obras serão exibidas num espaço de exposição de 1300 m2 no Cannes Cineum – o complexo cinematográfico de Cannes La Bocca – e no Campus Georges Méliès, uma instituição universitária dedicada à escrita criativa e ao cinema.