Domingo, 5 Maio

IndieLisboa’11: «Memory Lane» por João Miranda

Um grupo de amigos de vinte-e-tais anos junta-se novamente em Paris no Verão, todos por motivos diferentes. Este é um filme melancólico, um despedir dos amigos de infância que se vão afastando conforme a vida e o trabalho nos vão limitando o tempo, os locais e as pessoas que vamos conseguindo ver, sem nunca ser insuportavelmente triste. Aqui vemos o que parece ser o último Verão do grupo de amigos, contado numa carta a um deles, com a suavidade do anoitecer desses dias.
Se, passadas horas, é difícil lembrar os nomes das personagens do filme, não o é lembrar a emoção e as lembranças que provocou em nós. É um filme tipicamente europeu, sem explosões, sem comportamentos estranhos, sem pretensões, tão profundamente classe-média como o público que enche os cinemas e sem qualquer vergonha disso.
Tendo em conta o tema, aponta para um público com mais de trinta, não sendo totalmente compreensível a quem ainda não passou pela situação. Um momento de doçura melancólica para quem procura no cinema mais do que acção ou as histórias de sempre.
O Melhor: A doçura.
O Pior: É olvidável.
A Base: Um momento de doçura melancólica para quem procura no cinema mais do que acção ou as histórias de sempre.

 
 
 João Miranda

 

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