Sábado, 27 Abril

“My Stolen Planet” vence Festival de Documentário de Salónica 

My Stolen Planet”, do cineasta iraniano Farahnaz Sharifi, um retrato íntimo e familiar da vida durante a revolução islâmica iraniana de 1979, ganhou o Alexandre de Ouro no Festival de Documentário de Salónica este domingo. Utilizando tanto os arquivos pessoais do realizador como gravações de 8mm da vida de estranhos, o filme, que estreou na secção Panorama do Festival de Cinema de Berlim, é um ensaio sobre a alegria e a vitalidade da vida em Teerão na década de 1970, em contraste com o a opressão imposta ao povo iraniano pelo regime atual do país.

Já o prêmio Alexandre de Prata foi para o documentário “Forest”, de Lidia Duda, que centra-se numa família polaca que vive perto da floresta mais antiga da Europa, tentando criar um refúgio seguro para os filhos, até que começam a notar nos refugiados retidos no local, indesejáveis tanto na Polónia como na vizinha Bielorrússia.

O júri atribuiu ainda uma Menção Especial para “Stray Bodies”, da grega Elina Psykou. O filme, que gerou uma onda de protestos na Grécia antes da sua exibição, acompanha até onde as mulheres na Europa devem ir para ter acesso a procedimentos médicos que são proibidos nos seus próprios países.

Na competição de primeiras obras, o prémio principal – Alexandre de Ouro – ficou para “Glass, My Unfulfilled Life”, de Rogier Kappers, cabendo a “Fighting Demons With Dragons” de Camilla Magid o troféu de prata. O júri destacou ainda, com uma menção honrosa, “Tack”, de Vania Turner.

Finalmente, na secção Film Forward, o Alexandre de Ouro foi para o docudrama prisional, com toque musical, “Reas”, de Lola Arias, com “Desire Lines”, de Jules Rosskam, a conquistar o equivalente prémio em prata. “Avant-Drag!”, de Fil Ieropoulos, teve direito a uma menção especial do júri.

O Festival de Documentário de Salónica arrancou no dia 7 de março e terminou a 17.

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