O filme “Cerrar los ojos“, de Víctor Erice, conquistou o júri da 17ª edição do LEFFEST, presidido pelo realizador Elia Suleiman. Os jurados, onde se encontravam ainda Fanny Ardant, Nitin Sawhney, Rachel Kushner, Georgi Gospodinov, Khalik Allah e Adriana Molder, atribuíram hoje os prémios da Seleção Oficial em Competição, destacando o primeiro filme de Erice em 30 anos, com a distinção de Melhor Filme LEFFEST.
Em “Cerrar los ojos“, um famoso ator espanhol, Julio Arenas, desaparece durante a rodagem de um filme. Embora o seu corpo nunca seja encontrado, a polícia conclui que ele foi vítima de um acidente à beira-mar. Muitos anos mais tarde, o mistério em torno do desaparecimento volta a ser objeto de um programa de televisão que descreve a sua vida e a sua morte, e mostra imagens exclusivas das últimas cenas que filmou, captadas pelo seu grande amigo, o realizador Miguel Garay.
“O acaso é a matéria central do meu cinema e é o elemento que move um set. O acaso é a prova de que os processos de criação são vivos. A partir da minha relação com o cinema, em momentos de grande dificuldade, senti-me dono do meu destino“, disse o cineasta ao C7nema numa entrevista recente.
Já o Grande Prémio do Júri João Bénard da Costa foi para “Los delincuentes” de Rodrigo Moreno, enquanto o Prémio do Júri foi para o romeno “Do not Expect too much of the End of the World“, de Radu Jude.
Nota ainda para o Prémio Especial do Júri, atribuído à atriz Bianca Delbravo, pela prestação em “Paradise is Burning“, de Mika Gustafson; e para a Menção Especial do Júri dada a “Le Procès Goldman“, de Cédric Kahn.
Finalmente, o júri da nova secção Descobertas, composto por Leonor Silveira, Selma Uamusse e Pedro Amaral, atribui o Prémio TAP Revelação ex-aequo a “Pet Shop Days“, de Olmo Schnabel, e “Grandmother´s Footsteps“, de Lola Peploe.
A 17ª edição do LEFFEST termina amanhã, 19 de novembro.
