Sexta-feira, 26 Abril

Netflix lança distopia brasileira em novembro

Estreia em novembro a série de oito capítulos intitulada 3% – uma produção integralmente desenvolvida no Brasil e realizada por César Chalone, o diretor de fotografia de Cidade de Deus. João Miguel, Bianca Comparato e Zezé Motta fazem parte do elenco. O projeto foi anunciado em 2015 e as filmagens decorreram em março deste ano.

De acordo com a Netflix, que conta atualmente com 83 milhões de assinantes a nível global, a série será distribuída mundialmente e não apenas no Brasil – atualmente o quinto maior mercado do gigante norte-americano de streaming.

O projeto representa um aumento da participação de nomes do país no canal, cuja série Narcos tinha produção executiva e dois episódios dirigidos por José Padilha, enquanto outros dois foram realizados por Fernando Coimbra, cineasta de O Lobo atrás da Porta. Já o protagonista era Wagner Moura.

3% espelha os atuais problemas brasileiros através de uma fantasia futurista. Numa época não muito distante, perdida entre progresso e devastação, parte da população sobrevivente está restrita ao Interior. Quando chegam aos 20 anos, é dado a cada um a hipótese de aceder, através do Processo, ao Mar Alto, uma região de abundância. Daí vem o título da história: apenas 3% dos candidatos conseguirão passar.

Quando a série foi anunciada, em agosto do ano passado, Chalone afirmou que a história lida com as dinâmicas da sociedade e o seu constante processo de seleção independente da vontade do indivíduo. De acordo com ele, esse é um problema universal – mas reflete de uma forma muito direta a realidade brasileira e as suas desigualdades.

Conforme anunciado em abril, a Netflix volta a produzir no Brasil – numa nova colaboração com Padilha. Desta vez o foco recai sobre o tumultuado processo de corrupção intitulado Lava Jato – cuja enorme exposição nos media serviu de munição para oposição destituir a ex-presidenta Dilma Rousseff.

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