Os pais de uma jovem entraram com uma ação em tribunal contra o Ministério da Educação gaulês, alegando que a sua filha, em 2019, na altura com 13 anos, assistiu numa aula (no curso de francês sobre cinema fantástico), em Rhône, a um filme proibido para menores de 16 anos.
O filme em questão era “The Ring“, obra de terror de 2002 que funcionava como remake do original nipónico (Ringu) de 1998. Nesta fita, protagonizada por Naomi Watts, seguimos uma cassete VHS em que quem observar o conteúdo morrerá passado sete dias.
Os pais da jovem alegam que a adolescente ficou traumatizada desde então, com relatórios médicos a considerarem que ela é vítima de “stress pós-traumático”, o que exige um acompanhamento médico e psicológico permanente, bem como sessões de hipnose.
O casal pede 11 mil euros pelos danos causados, alegando que a filha “não é capaz de assistir a TV sozinha“, “permanece trancada em casa” e viveu “um final de ano letivo muito difícil“, com ataques de pânico e isolamento social.
A procuradoria, na voz de Romain Reymond-Kellal, defende a rejeição desse pedido, frisando que a sessão do filme foi acompanhada por um docente e foi seguida pela execução de um trabalho sobre o filme onde se procurava “estudar a construção do medo“.
