Podem riscar “Blonde” da corrida aos próximos Oscars, já que o filme da Netflix sobre a vida de Marilyn Monroe, protagonizado por Ana de Armas, será lançado apenas em 2022.
O australiano Andrew Dominik (O Assassínio de Jesse James Pelo Cobarde Robert Ford) assina este “Blonde“, onde seguimos a talentosa Norma Jeane Mortenson quando se transforma na estrela de cinema Marilyn Monroe. Além de Ana de Armas, o filme conta ainda com Adrien Brody como Arthur Miller e Bobby Cannavale como Joe DiMaggio, dois dos esposos de Monroe.
Em desenvolvimento desde 2010, tendo atrizes como Jessica Chastain e Naomi Watts sido faladas para o filme, “Blonde” chegou a ser convidado a estar presente em Cannes. A Netflix recusou a presença fora de competição, esperando-se então a sua estreia em Toronto ou Veneza, o que acabaria também por não acontecer.
Recordamos que apesar de Andrew Dominik dizer que o projeto tem muito poucos diálogos, Ana de Armas revelou que passou nove meses a aprender a falar como Marilyn Monroe, que ficou famosa pela sua voz ofegante, uma tática que usou para superar a gaguez, principalmente quando estava entusiasmada ou nervosa. Foi através de sessões com um terapeuta da voz que a sua voz sensual e sussurrada surgiu com maior vigor.
Armas, atriz de “Blade Runner 2049” e “Knives Out“, disse há uns meses ao The Sunday Times que “tentou”: “Tentei! Levei nove meses a treinar dialeto e prática, e tive algumas sessões de ADR [regravando o diálogo após as filmagens]. Foi uma grande tortura, foi muito exaustivo. O meu cérebro fritou. ”
Todo o processo foi, em geral, desgastante para a atriz, que confidenciou ainda que pensou no enquadramento de Monroe na indústria, e mesmo em geral, “sobre como as coisas dos anos 1930, 1940, 1950 relacionáveis aos dias de hoje.”
