Domingo, 28 Abril

Distribuidoras de cinema pedem adiamento da reabertura das salas

Os cinemas preparam-se para abrir as portas, mesmo com algumas incertezas. 
A falta de filmes “novos” que possam atrair o público é um dos argumentos levado a cabo pela FEVIP – Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais para contestar a decisão do Governo em reabrir os cinemas a partir do dia 1 de junho. 
A associação enviou uma carta pedindo ao Governo e ao ICA – Instituto de Cinema e Audiovisual a reabertura dos cinemas somente a 2 de julho, de forma a reunir filmes recentes e apelativos ao grande público por parte das distribuidoras. A associação compara esta reabertura programada no próximo mês como o equivalente a um supermercado abrir as suas portas com prateleiras vazias, garantindo mais um período de prejuízo do que de “normalização”.
De momento, só o Dolce Vita de Ovar, o Cinema Ideal e o Espaço Nimas, todos cinemas com uma sala apenas, confirmaram a reabertura a partir de 1 de junho, enquanto, segundo António Paulo Santos (diretor geral do FEVIP em entrevista à RTP 3 no domingo), um cinema de centro comercial debateria-se para conseguir 10 ou 20 filmes para preencher as suas salas. “Se não tivermos produto e não abrimos as salas, nos centros comerciais temos que pagar multas“, referiu o Paulo Santos, reforçando a declaração de que o está em causa é a sobrevivência de um setor, e que o negócio só seria viável se as lotações das salas, com o distanciamento social cumprindo, estivessem a 50% nos mínimos – relembrando que 55% dos espaços não entraram em lay off.
A carta do FEVIP chega mesmo a destacar as esperanças das distribuidoras e exibidoraes em filmes como Tenet, de Christopher Nolan, com estreia prevista para 16 de julho em Portugal, e Mulan, a grande produção da Disney, a chegar aos cinemas a 23 de julho. 

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