Domingo, 28 Abril

Leos Carax quer Adam Driver e Rooney Mara no seu próximo filme

Adam Driver (Star Wars: O Despertar da Força) e Rooney Mara (Millennium 1: Os Homens Que Odeiam as Mulheres) poderão participar no próximo projeto de Leos Carax, o realizador de filmes como Má Raça (1986), Os Amantes da Ponte Nova (1991) e Holy Motors (2012). A notícia é avançada pela revista Les Inrocks.

Envolvida em mistério, esta produção que marca a estreia do cineasta em língua inglesa será uma comédia musical e está a ser desenvolvida em estreita colaboração com a banda rock Sparks. O duo de atores referenciados interpretaria um casal: ela uma cantora de ópera; ele um comediante.

«Ele conheceu-os em Los Angeles e os atores estão ansiosos para participar no filme», confirmou à revista a responsável pelo casting, Antoinette Boulat, que já trabalha com Carax desde Pola X. Mais comedido nas palavras foi Vincent Maraval, da Wild Bunch, empresa que vende os direitos internacionais da obra: «Leos encontrou-se várias vezes com Adam Driver e Rooney Mara, e os atores disseram: ‘sim, isso interessa-nos’, mas pelo que sei ainda nada está assinado. Para isso é necessário que o filme tenha um orçamento, datas precisas para as filmagens, um plano de trabalho bem estabelecido. Ainda estamos longe disso tudo».

Maraval relembra ainda que Carax frequentemente abandona projetos. Antes de lançar o segmento Merde [de Tokyo]  e a longa-metragem Holy Motors (2012), o realizador desenvolveu e posteriormente abandonou a ideia de filmar um ambicioso filme de ficção cientifica (Scars) e de adaptar ao cinema The Beast in the Jungle, um livro de Henry James,«Por razões de casting ou de produção, Leos nunca conseguiu finalizar esses filmes (….) É a sua maneira de trabalhar. Ele exige muito tempo e ele é tão perfeccionista que os seus projetos tornam-se rapidamente muito caros e inviáveis», conclui.

Convém referir que numa visita recente à Cinemateca Francesa, por ocasião de uma homenagem a Chantal Akerman, Carax diz que não desistiu do filme e que esta produção está a avançar devagar, mas «a avançar».

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