No passado fim de semana, num artigo do New York Times, a atriz Uma Thurman contou como foi assediada sexualmente por Harvey Weinstein e como, nas filmagens de Kill Bill, sofreu um acidente após ter sido pressionada por Quentin Tarantino a executar uma cena para a qual não se sentia confortável nem estava preparada.
Hoje, e no Instagram, Thurman voltou a falar do tema, publicando o vídeo do acidente, que para ela foi de tal modo negligente que chega ao ponto de ser um caso criminal. Porém, a atriz afirmou que não acredita que Tarantino tenha tido a intenção de a magoar.
“Quentin Tarantino ficou profundamente arrependido e continua a arrepender-se sobre esse triste evento“, escreveu a atriz, acrescentando que o cineasta deu-lhe as filmagens anos mais tarde para que ela pudesse expôr o caso, mesmo tendo a noção que a entrega dessas imagens poderia provocar-lhe danos pessoais. Na publicação, Thurman mostra ainda orgulho em relação ao realizador pela coragem que ele demonstrou em fazer “a coisa certa“.
O que Thurman não perdoa é todo o encobrimento ao acidente que se seguiu, com Lawrence Bender, E. Bennett Walsh, e o famoso Harvey Weinstein a serem responsabilizados diretamente por ela: “eles mentiram, destruíram provas e continuaram a mentir sobre os danos permanentes que causaram (…) Esse encobrimento, sim, teve intenção maliciosa”, disse ainda.
Estas palavras apaziguadoras de Thurman em relação a Tarantino seguem-se a uma série de críticas ao realizador pelo caso. Jessica Chastain, Asia Argento e Judd Apatow foram alguns dos nomes que vieram a terreno atacar Tarantino.