Sexta-feira, 26 Abril

Penny Dreadful: City of Angels. O que sabemos até agora

Em 2014, a Showtime premiou o mundo com uma adaptação contemporânea de uma Penny Dreadful – uma série de histórias de ficção escabrosa típica do século XIX e uma alternativa económica aos livros de Charles Dickens. A série criada por John Logan entrelaçou as origens de algumas das personagens e figuras mais famosas da literatura fantástica – juntou as obras de Bram Stoker, Mary Shelly e Oscar Wilde e uniu-as numa narrativa única, com detalhes minuciosos e impecáveis que dependem muito do extraordinário guarda-roupa (da autoria de Gabriella Pescucci), dos cenários fabulosos e de um elenco incrível.

Penny Dreadful revelou-se elegante e dotada de um senso de humor maliciosamente aprazível. Representou uma adaptação gótica contemporânea e foi claramente fruto das sensibilidades cinematográficas de um veterano habituado a escrever para Cinema.

A despedida da série Showtime não foi fácil. A forma abrupta como os fãs foram obrigados a dizer adeus às incríveis personagens vitorianas, representou um dos cancelamentos mais difíceis de 2016.

Talvez pela consciência da injustiça, em novembro de 2018, o canal norte-americano premiou os seguidores da série com o anúncio de que iam desenvolver uma nova versão intitulada Penny Dreadful: City of Angels que, de acordo com o criador do projeto, John Logan, decorrerá num tempo e sítio diferente, com um novo elenco e será um “descendente espiritual” do projeto original.

Como o título indica, Los Angeles será o cenário principal e mostrará a luta do bem contra o mal e manterá no elenco personagens humanas e seres sobrenaturais.

Logan e Michael Aguilar serão os produtores executivos, juntamente com Sam Mendes e Pippa Harris da Neal Street Productions. Paco Cabezas, que realizou vários episódios da primeira série Penny Dreadful, também estará envolvido no desenvolvimento desta nova fase.

A história

City of Angels decorrerá nos anos 30 em Los Angeles, uma época e um espaço profundamente envolvido com o folclore mexicano e americano e com alguma tensão social. A série explorará a construção das primeiras rodovias da cidade, a ascensão dos programas de rádio com mensagens evangélicas e até envolverá ações de espionagem do Terceiro Reich. John Logan acrescenta: “como sempre no mundo de Penny Dreadful, não há heróis ou vilões neste mundo, apenas protagonistas e antagonistas; personagens complicadas e conflituosas que vivem no limbo da escolha moral“.

As personagens

Tiago Vega, interpretado por Daniel Zovatto é um jovem detetive da polícia de Los Angeles que investiga um terrível assassinato. O caso acabará por levá-lo a uma história épica que reflete a o passado da cidade.

Lewis Michener (Nathan Lane) é o parceiro de Tago. Um veterano do departamento, sábio e implacável na busca pelos seus objetivos.

Magda, interpretada por Natalie Dormer, será um demônio que pode assumir a aparência de qualquer pessoa e que, ao longo da história, aparecerá disfarçada de várias pessoas.

Mateo e Josefina Vega (Johnathan Nieves e Jessica Garza) são os irmãos mais novos de Tiago. Mateo é um rapaz de bom coração, mas vulnerável às suas emoções e às influências que o rodeiam, enquanto Josefina encarnará o papel da irmã mais nova negligenciada, mas com um espírito poderoso à espera de ser desencadeado.

Maria, interpretada por Adriana Barraza é a matriarca da família Vega. Uma mulher que fará de tudo para proteger os seus filhos do mundo perigoso das políticas sociais de 1938, bem como das forças sobrenaturais que vão invadir as suas vidas.

Rory Kinnear é o repetente do projeto e nesta nova versão de Penny Dreadfull será Dr. Peter Craft, o líder do German American Bund, uma organização pró- nazi constituída apenas por cidadãos americanos de ascendência alemã com o objetivo de promover uma visão favorável acerca da Alemanha fascista.

A estreia (nos EUA) está prevista para o fim de 2019 ou início de 2020, que será o mais provável.

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