A HBO, através da figura do seu presidente-executivo, Casey Bloys, admitiu hoje ter usado contas falsas no Twitter para atacar os críticos de TV que publicavam textos menos positivos sobre os conteúdos da programação do canal.
“Para quem me conhece, sabe que sou um executivo de programação muito, muito apaixonado pelos programas que decidimos fazer, pelas pessoas que os fazem e pelas pessoas que trabalham neles. Quero que os programas sejam ótimos”, disse Bloys, hoje, num encontro com a imprensa: “Por isso, quando pensas nessa mentalidade, depois pensas em 2020 e 2021. Estou em casa em teletrabalho, passando uma quantidade prejudicial de tempo a navegar pelo Twitter. E tive uma ideia muito, muito idiota para desabafar a minha frustração. (…) Obviamente, seis tweets num ano e meio não são muito eficazes. Mas peço desculpas às pessoas que foram mencionadas…”.
As acusações, relatadas pela primeira vez pela Rolling Stone, foram feitas pela ex-assistente executiva da HBO, Sully Temori, que foi encarregue de escrever as publicações, numa ação movida em julho contra Kathleen McCaffrey e Francesca Orsi, ambas com cargos dirigentes na empresa.
Em comunicado divulgado na passada quarta-feira, a HBO não contestou as alegações de que Bloys, o então presidente de programação original do canal, e McCaffrey instruíram Temori a fazer as publicações a partir de contas falsas, com o objetivo de “minar” críticos, bem como comentadores anónimos.
