O cineasta chileno Alejandro Jodorowky vai disponibilizar em video-on-demand o seu novo trabalho cinematográfico – “Psychomagie, Un Art Pour Guérir” – um documentário que desvenda a cura através da chamada terapia dos traumas, uma técnica utilizada para libertar as consciências através da arte. Jodorowsky, de 91 anos, sempre se assumiu adepto e praticamente deste “remédio” ligado ao senso de magia, o qual lhe auferiu o cognome de Psicomágico, como é conhecido e descrito internacionalmente.
“Psychomagie, Un Art Pour Guérir” foi apresentado ano passado em França, país onde o cineasta que residiu desde a sua juventude, e de momento, só estreará em território norte-americano a partir de 7 de agosto. A obra foi concebida graças a uma campanha de crowdfunding que atingiu os 160 mil euros de fundos.
Ao C7nema, durante a sua passagem em Lisboa (no âmbito da edição de 2017 do MOTELx), o realizador chileno por detrás dos filmes de culto “A Montanha Sagrada” (1973) e “Santa Sangre“ (1989) demonstrou determinação para terminar os seus inúmeros projetos pendentes, nomeadamente a tão esperada sequela do seu western alucinante “El Topo” (1970). A continuação existe sob forma de banda-desenhada, escrito pelo próprio e ilustrado por José Ladronn, artista mexicano que Jodorowsky descreve como um “génio nato”. A história conta-se em dois volumes, intitulados de “Os Filhos de El Topo”.
Tendo na altura também referenciado o documentário a ser lançado este ano, Jodorowsky falou ainda num filme final à sua saga autobiográfica, atualmente composto por “La Danza de la Realidad” (2013) e “Poesia sin Fin” (2016), interpretado pelos seus filhos Brontis e Adan Jodorowsky. Sobre o possível desfecho desta trilogia, o autor disse de forma satírica: “termino este filme e a seguir morro [risos].”
