Sexta-feira, 17 Maio

Arrancou hoje (05/10) a Festa do Cinema Francês

A 24ª edição do festival decorre entre 5 e 15 de outubro no cinema São Jorge, em Lisboa, com a exibição de 55 filmes. Como já é tradicional, ao longo de todo o mês, a mostra espalha-se por dez cidades de Portugal. Em novembro, uma retrospectiva dedicada a Nicolas Philibert, vencedor do Urso de Ouro em Berlim este ano com “Sur l’Adamant”, chega à Cinemateca Portuguesa, contando com a vinda do cineasta. Kátia Adler, diretora da Festa, destaca a presença de uma grande série de filmes com temas muito fortes. 

Entre outras presenças da edição deste ano estão Maria de Medeiros, que estará no festival para debater o seu “Capitães de Abril”, que completa 23 anos, Cristèle Alves Meira, cujo “Alma Viva” vem sendo um dos grandes destaques da cinematografia portuguesa desde o ano passado e que terá quatro curtas-metragens exibidas, e Valérie Donzelli, que virá a Lisboa apresentar o seu tenso retrato da violência doméstica em “Só Nós Dois”, com Virginie Efira e Melvil Poupaud.

A inaugurar o festival estará “Jeanne du Barry – a Favorita do Rei”, de Maiwenn, que também abriu o Festival de Cannes deste ano. A cineasta também protagoniza o filme, no papel de uma jovem operária que consegue estabelecer-se na corte de Luís XV depois que o rei apaixona-se por ela – gerando escândalo. Já o encerramento milita em outras lides – mais precisamente na vida do fundador do movimento Emaús, especializado na criação de estruturas solidárias entre os pobres, o abade Pierre (“Abbé Pierre – Uma Vida de Causas”). 

Entre a grande variedade de antestreias e filmes inéditos, destaque para “No Verão Passado”, onde Catherine Breillat, referência do cinema erótico e polémico (Romance X), debruça-se sobre o relacionamento entre uma mulher mais velha e o seu enteado de 17 anos, “A Noite do Dia 12”, onde Dominik Moll trata de um investigador obcecado por um crime não resolvido, “Geração Low Cost”, onde a presença sempre exuberante de Adéle Exarchopolous protagoniza o drama da precarização do trabalho, e “No Corpo”, apontado como um dos melhores filmes de Cédric Klapisch e que trata de uma bailarina que tem de se reiventar após uma queda.

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