Segunda-feira, 20 Maio

“The Story of Looking”: Mark Cousins e a importância do olhar

Durante o confinamento, o realizador e historiador Mark Cousins (A História do Cinema – Uma Odisseia), cujo “Women Make Film: As Mulheres Fazem Cinema” chega a Portugal em abril, ​​descobriu que tinha um problema de visão, uma catarata grave, transformando essa experiência num filme no qual imagina “o importante papel que o olhar desempenhou na sua própria vida e na história da humanidade”.

Baseado no seu livro “The Story of Looking“, e com estreia programada para o Sheffield Doc/Fest em junho, o projeto está neste momento no Visions du Réel como um work in progress, tendo detalhado mais sobre ele à Variety.

Descrevendo-o como um filme “às vezes é filosófico e às vezes é simples e alegre“, Cousins fala na construção de um verdadeiro caleidoscópio de imagens que foi filmando ao longo de vinte anos, onde existe espaço para um olhar sobre a pintura, os corpos e até sobre a forma de ver o Holocausto, com vídeos disponíveis no YouTube. “O filme começa com o Ray Charles a falar sobre ser cego e como não sentia que precisava ver novamente, porque viu a sua mãe, o sol e as estrelas. E é claro que ele é maravilhoso e nós admiramo-lo. Então, começo por dizer que provavelmente está certo: não precisamos continuar a ver as coisas. Mas, no final do filme, a posição inverte-se: ‘Na verdade, ele estava errado.’ Essa é a conclusão. (…) O que as pessoas verão quando assistirem a este filme será uma história realmente global, pois tive a sorte de filmar no Irão, África, China, em todos os Estados Unidos e no norte da Escandinávia. Tornei-me o meu próprio diretor de fotografia há muito tempo. Portanto, veremos imagens de todo o mundo. Isso é o que impressiona as pessoas quando veem isto.

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