O realizador dinamarquês Lars Von Trier foi diagnosticado com a doença de Parkinson. Num comunicado da Zentropa, a produtora que ajudou a fundar em 1992 com Peter Aalbæk Jensen, avança que o realizador de filmes como “Dancer in the Dark”, “Anticristo”ou “Melancolia”, “está de bom humor e já se encontra a ser tratado pelos sintomas”, e que irá continuar a trabalhar naquela que será a terceira e última época da série “The Kingdom Exodus”, uma produção para televisão ambientada num hospital que desenvolveu em 1994 para a televisão pública dinamarquesa. A terceira temporada conta no seu elenco com nomes como Mikael Persbrandt, Lars Mikkelsen e Alexander Skarsgård.
Um dos nomes mais celebrados do cinema Europeu, Lars Von Trier é autor de uma filmografia controversa, tendo sido uma presença constante em festivais de cinema desde a sua estreia na longa-metragem em 1984 com “O Elemento do Crime”, o filme que lhe valeu uma nomeação para a Palma de Ouro, tinha então o realizador 28 anos.
Desde então tem sido uma figura de proa na exploração das condições de possibilidade de um cinema com tanto de provocador como de fiel à complexidade humana. Em 2018 regressou a Cannes com “The House That Jack Built – A Casa de Jack”, o filme que se debruçava sobre a mente de um serial killer, com Matt Dillon no papel principal, e que pôs fim a um interregno de 7 anos após ter sido considerado persona non grata pelo festival, à custa das suas polémica declarações sobre Hitler durante a promoção de “Melancolia”.
“The Kingdom Exodus” tem data prevista de estreia em finais de agosto, no Festival Internacional de Cinema de Veneza.
