Morreu esta sexta-feira, no Hospital de Santa Cruz, aos 93 anos, a atriz Eunice Muñoz.
Eunice do Carmo Munhoz nasceu na Amareleja, no distrito de Beja, em 1928, e teve a sua estreia no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, em 28 de novembro de 1941, na peça “Vendaval“, de Virgínia Vitorino, com a Companhia Rey Colaço/Robles Monteiro.
Ao longo de 80 anos de carreira, completados em novembro passado, Eunice Muñoz foi um dos nomes mais ativos do mundo do teatro português, mas também na televisão e até no cinema, tendo participado em filmes como “Camões“, de Leitão de Barros, “Manhã Submersa“, de Lauro António, “Repórter X“, de José Nascimento (1987), “Matar Saudades“, de Fernando Lopes (1988) e “Tempos Difíceis“, de João Botelho (1988).
Em abril do ano passado, foi condecorada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, três anos depois de ter recebido a Grã Cruz da Ordem de Mérito, e quarenta anos após a sua primeira grande distinção institucional nacional, como Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.
“Agradeço sobretudo a vocês, ao público, que me acarinhou, que me aplaudiu desde que comecei, até agora que comemoro os meus 80 anos de carreira”, disse a atriz, que já em 1990 tinha conquistado a Medalha de Mérito Cultural e em 2015 fora homenageada pela Academia Portuguesa de Cinema.
2021 viu ainda o lançamento de um documentário sobre si e a sua carreira; ” Eunice, ou Carta a Uma Jovem Actriz“, de Tiago Durão, estreado no Doclisboa.
