Domingo, 12 Maio

Brooke Shields diz que proteção pós #Me Too foi longe demais

Numa ação promocional ao seu novo filme na Netflix, “A Castle for Christmas”, a atriz Brooke Shields refletiu sobre o seu papel de prostituta infantil no filme de 1978 ”Pretty Baby” (Menina Bonita), admitindo que se fosse hoje em dia a obra nunca seria feita dado o clima de proteção “exagerada” após o #Me Too.

Brooke Shields

A atriz americana, atualmente com 56 anos, tinha 11 anos quando protagonizou o filme de Louis Malle como uma criança que cresce num bordel e é leiloada pelo valor mais alto. Na época, ela foi filmada nua e a sua mãe, Teri, recebeu fortes críticas por permitir que a filha participasse no filme. O projeto foi mesmo categorizado por alguns sectores mais conservadores como “prostituição infantil”.

Foi numa conversa com a The Times Magazine que Shields disse acreditar que os elementos de proteção após o #Me Too foram longe demais. “Acho que é demais”, disse a atriz. “Vês filmes como o ‘Menina Bonita’’, o ‘Romeu e Julieta’ de Zeffirelli ou qualquer filme de amadurecimento que o Louis Malle fez, como o ‘Adeus, Rapazes”, ‘Lacombe Lucien, o Colaboracionista” ou qualquer outro. Sempre houve um elemento sexual neles. Talvez os filmes que fiz não fossem feitos agora por causa dessa censura, e para mim isso é uma perda tremenda. ‘Menina Bonita’ é um dos filmes mais bonitos que já fiz e irei defendê-lo para sempre’.

Com uma carreira no cinema iniciada em 1976, Shields teve em “A Lagoa Azul” um dos filmes mais marcantes da sua carreira.

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