Domingo, 19 Maio

Antologia sobre o “êxtase sexual” ainda procura financiamento

Ainda estamos à procura de financiamento, o filme não é certo”. Estas foram as palavras da cineasta Lucile Hadzihalilovic ao C7nema numa entrevista em San Sebastián. O projeto da Wild Bunch, “Shining Sex“, está construído na forma de uma antologia que traz cinco visões poéticas sobre o êxtase sexual. Além de Lucile Hadzihalilovic, Sion Sono (“Tokyo Vampire Hotel”), Bertrand Mandico (“Les garçons sauvages”) e Kleber Mendonça Filho (“Bacurau”) estão envolvidos no conceito, que nasceu de uma ideia da dupla Hélène Cattet e Bruno Forzani (“Amer”), que também assinam um dos segmentos.

As histórias retratadas nessa coletânea vão desde um jovem que se apaixona por uma sereia até amantes que se entregam ao prazer sensual num salão de dança no Brasil. 

Lucile Hadzihalilovic está atualmente na competição oficial do Festival de San Sebastian com “Earwig”, conto gótico que conta a história de uma menina com dentes de gelo encerrada numa casa, uma situação temporária já que ela será forçada a abandonar a casa, como diz uma estranha voz ao homem que a cria há anos. Um filme profundamente sensorial e com uma atmosfera carregada que nos transporta frequentemente entre realidade e ilusão, sonho e pesadelo, passado, presente e futuro. 

O cinema para mim é acima de tudo uma forma de expressão não verbal e tento fazer o meu trabalho o mais longe possível disso. Prefiro que as palavras estejam na cabeça do espectador e não no texto, guião. É tudo principalmente sensorial.”, disse a cineasta. “Visual e som, há muito neles que nos trazem imagens do subconsciente”.

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