A Casa do Cinema Manoel de Oliveira acolherá a exposição intitulada Eugène Green: A Imagem da Palavra. Esta é a primeira vez que o cineasta francês [ler artigo], que se tem dedicado na última década à cultura portuguesa, é objeto de estudo e revisão no nosso país.
A sua singularidade estética, o ecletismo temático e a dominância do texto perante a ação, algumas das características que o tornaram num dos realizadores franceses reconhecíveis da atualidade desde a sua estreia com Toute Les Nuits (2001), serão refletidos e decifrados no decorrer da exposição. Esta, irá fazer-se acompanhar por imagens, vídeos, ensaios e conferências que cercaram os seus traços como cineasta. O evento vai contar ainda com a presença de Mathias Lavin, crítico francês, que apresentará o colóquio A Palavra no Cinema, onde posicionará o realizador de A Religiosa Portuguesa e La Sapienza a par de outros preservadores da palavra na ação cinematográfica como o próprio Manoel de Oliveira.
Para além disso, serão mostrados detalhes do seu novo filme, Atarrabi e Mikelats, que teve rodagem no País Basco e que se encontra em fase de montagem. Enquanto isso, Lisboa Revisitada, novamente uma visita sua em território português, originou um filme-oferenda para Serralves.
Já em 2020, a partir do dia 3 de janeiro, a Casa do Cinema apresentará um extensivo ciclo de cinema, desde os filmes propostos pelo próprio Green – Blow-up de Michelangelo Antonioni, Ervas Flutuantes de Yasujiro Ozu, Le Parc de Damien Manivel, Braguino de Clément Cogitore, O Conto de Outono de Eric Rohmer e o “novo clássico” Mimosas de Oliver Laxe – e uma retrospetiva integral da sua obra.
A acompanhar este especial foco ao autor, será lançado o livro da exposição com textos originais e amplamente ilustrado.
Para saber mais sobre a exposição, ver aqui.
