É em modo Power Rangers que nos chega a primeira imagem do mais recente filme de Quentin Dupieux, realizador que frequentemente nos surpreende com histórias mirabolantes, como a de um pneu assassino (“Rubber“), um homem que procura ter todos os casacos de camurça do mundo (“100% Camurça“) ou uma mosca gigante que se transforma em animal de estimação de uma dupla de amigos (“Mandíbulas“).
Com um elenco composto por Gilles Lellouche, Vincent Lacoste, Anaïs Demoustier, Jean-Pascal Zadi, David Marsais, Adèle Exarchopoulos, Grégoire Ludig, Doria Tillier, Alain Chabat e Benoît Poelvoorde, o novo filme do cineasta, “Fumer fait tousser” (Fumar faz tossir), segue um grupo de cinco vigilantes apelidados de Tabac Force. Diz a sinopse que, “depois de uma luta feroz contra uma tartaruga demoníaca, cinco vigilantes são obrigados a reformar-se para fortalecer a coesão do grupo. Tudo vai bem até que Lézardin, Imperador do Mal, decida aniquilar o planeta Terra…”.
Com estreia marcada para o Festival de Cannes (Midnight Screenings), o filme vem na sequência de “Incroyable mais vrai“, que estreou na Berlinale este ano. Sobre esse filme e as suas narrativas surreais, Dupieux disse ao C7nema: ” Sinto uma necessidade de misturar as coisas e não sou só eu. Há 20 anos bastava fazer uma simples comédia ou apenas um filme de terror. Hoje acrescentam-se outros elementos (drama, por exemplo) e tudo está misturado. Até os filmes de ação já não são apenas disso (…) Eu gosto do absurdo, mas até esse termo já me soa a velho hoje em dia. Veja o mundo em que vivemos, tudo é absurdo(…) Embora não faça disso um desafio, o fazer coisas mais absurdas a cada vez que filmo, tornou-se mais difícil escrever algo absurdo neste mundo absurdo. Mas nunca forço nada”.
