Quarta-feira, 24 Abril

Morreu Jacques Rivette (1928-2016)

Morreu aos 87 anos o realizador e crítico de cinema francês Jacques Rivette.

Símbolo da nouvelle vague, Rivette fez parte, juntamente com  François Truffaut, Jean-Luc Godard, Eric Rohmer e Claude Chabrol do grupo de críticos da revista Cahiers du Cinéma, na qual chegou a ser o editor nos anos 60.

Nascido no primeiro dia de março de 1928, Rivette é o responsável por filmes como Paris nous appartient (1961), A Religiosa (1966), L’amour fou  (1969), Céline et Julie vont en bateau (1974), Dualidades (1976), Vento do Noroeste (1976), Amor de Rastos (1984), e Divertimento (1992). Em 1994 lança um filme, dividido em duas partes, em torno de Joana D’Arc (Joana d’Arc, a Donzela: As Batalhas; e Joana d’Arc, a Donzela: As Prisões).

Já na década de 2000 destaca-se Sabe-se Lá (2001), História de Marie e Julien (2003) e Não Toquem no Machado (2007). O seu último filme foi 36 Vistas do Monte Saint-Loup, em 2009.


36 Vistas do Monte Saint-Loup (2009) – Rivette e Sergio Castellito 

A sua consagração ocorreu pelo mundo fora, contando com prémios no Festival de Cannes (A Bela Impertinente, 1991), e Berlim (O Bando das Quatro, 1989). Trabalhou com atrizes como Bulle Ogier, Juliet Berto, Jane Birkin, Géraldine Chaplin, Sandrine Bonnaire, Emmanuelle Béart e Jeanne Balibar, e com os argumentistas Jean Gruault, Suzanne Schiffman, Pascal Bonitzer, e Christine Laurent.

Era “um dos mais lúcidos, inventivos, e mais livres [cineastas] da nouvelle vague“, disse o ex-presidente do Festival de Cannes, Gilles Jacob. Já a atriz Anna Karina, que trabalhou com o realizador na adaptação da obra de Diderot, A Religiosa, e em Alto Baixo Frágil (1995), também carimbou a liberdade com que Rivette filmava e a sua criatividade.

Notícias