Um filme de horror que apresenta cenas macabras de uma família judia a ser aterrorizada na sua própria casa por neonazis foi banido na Grã-Bretanha, isto depois do Conselho Britânico de Classificação de Filmes (BBFC) ter rejeitado atribuir-lhe uma classificação.
Segundo a organização, o conteúdo «inaceitável» da obra – que já teve a sua estreia nos EUA em 2012 – é tão substancial que o filme não poderia ser exibido nos cinemas ou lançado em DVD ou VOD, mesmo que algumas cenas fossem cortadas: «O abuso físico, sexual e a violência são constantemente acompanhados por fortes abusos verbais racistas. Pouco contexto é fornecido para a violência. Emitir uma classificação para este trabalho, mesmo que se limite para adultos, não seria coerente com as orientações do Conselho de Administração (…) e seria inaceitável para a opinião pública.»
James Cullen Bressack, o realizador, já veio a público manifestar-se contra a «censura»: «Acho que é inacreditável que um filme que mostra pouca ou nenhuma violência explicita no ecrã e não tenha nudez seja banido. Isso só mostra o poder do que está implícito e a imaginação das pessoas».
Quem reagiu favoravelmente à decisão foi Danny Stone, diretor do Comité Parlamentar contra o anti-semitismo.
Hate Crime foi exibido pela primeira vez nos Estados Unidos em 2012 e tornou-se o quarto filme a ser banido no Reino Unido desde 2009. Os outros foram Grotesque, The Bunny Game e The Human Centipede 2, embora este último tenha aceite cortar 2 minutos de cenas e assim estrear.
