Terça-feira, 23 Abril

Filme dos Dardenne é o candidato belga aos Oscars. Canadá escolhe «Mommy» de Xavier Dolan

O último trabalho da consagrada dupla de realizadores do país, os irmãos Luc e Jean-Pierre Dardenne, foi o escolhido pelos belgas para tentar a sorte nos Oscars de Melhor Filme em Língua Estrangeira. Deux Jours, Une Nuit, cujos direitos de distribuição para Portugal estão adquiridos pela Nos e pode estrear no Lisbon & Estoril Film Festival, tem Marion Cotillard no papel principal.

O filme narra a história de uma trabalhadora de Liége que fica de baixa. Ocorre que alguém na empresa tem a ideia de provar que ela não era realmente necessária e oferece um bônus aos demais colaboradores para trabalhar mais e comprovar isso mesmo. Assim, resta a pobre rapariga os dois dias e uma noite do título para convencer os seus colegas a não aceitar o prémio.

Os irmãos Dardenne são darlings absolutos da crítica e habituais no Festival de Cannes (onde este também estreou), evento que já lhes rendeu duas Palmas de Ouro.

Entretanto, o Canadá escolheu Mommy, o mais recente filme de Xavier Dolan que deu que falar em Cannes. No filme, Dolan volta a explorar o elo entre mãe e filho, tendo para a ocasião convidado as intérpretes que tornaram famosos os seus filmes anteriores: Anne Dorval e Suzanne Clément, acompanhadas de Antoine Olivier Pilon.

Quem também já apresentou o seu candidato foi o Brasil, que optou por Hoje eu quero voltar sozinho, filme que abriu a última edição do Queer Lisboa. Já o Irão selecionou Emrouz, obra de Reza Mirkarimi que passou pelo Festival de Toronto. 

Todas estas obras juntam-se assim às escolhas da Áustria (The Dark Valle, de Andreas Prochaska), Bulgária (Bulgarian Rhapsody, de Ivan Nitchev), Chile (Matar a un hombre, de Alejandro Fernández Almendras), Montenegro (The Boys from Marx and Engels Street, de Nikola Vukčević), Taiwan (Ice Poison, de Midi Z), Ucrânia (The Guide, de Oles Sanin), República Dominicana (Cristo Rey, de Leticia Tonos), Estónia (Tangerines, de Zaza Urushadze), Finlândia (Concrete Night, de Pirjo Honkasalo ), Geórgia (Corn Island, de Giorgi Ovashvili), Japão (The Light Shines Only There, de Mipo Oh), Luxemburgo (Never Die Young, de Pol Cruchten ), Holanda (Accused, de Paula van der Oest ), Noruega (1001 Grams, de Bent Hamer), Perú (El evangelio de la carne, de Eduardo Mendoza de Echave), Venezuela (Libertador, de Alberto Arvelo), Turquia (Winter Sleep, de Nuri Bilge Ceylan), Roménia (The Japanese Dog, de Tudor Cristian Jurgiu), Hungria (White God, de Kornél Mundruczó), Polónia (Ida, de Paweł Pawlikowski), Sérvia (See You in Montevideo, de Dragan Bjelogrlić), Croácia (Cowboys, de Tomislav Mršić), Nepal (Jhola, de Yadavkumar Bhattarai), Luxamburgo (Never Die Young, de Pol Cruchten), Mauritânia (Timbuktu, de Abderrahmane Sissako), Alemanha (Beloved Sisters, de Dominik Graf), Afeganistão (A Few Cubic Meters of Love, de Jamshid Mahmoudi), Letónia (Rocks in My Pockets, de Signe Baumane), Peru (El evangelio de la carne, de Eduardo Mendoza de Echave),México (Cantinflas, de Sebastian del Amo), Hong Kong (The Golden Era, de Ann Hui), Suiça (The Circle, de Stefan Haupt), Eslovénia (Seduce Me, de Marko Šantić), Eslováquia (A Step Into the Dark, de Miloslav Luther), Coreia do Sul (Sea Fog, de Shim Sung-bo), Panamá (Invasion, de Abner Benaim), Paquistão (Dukhtar, de Afia Nathaniel), Marrocos (The Red Moon, de Hassan Benjelloun), Macedónia (To the Hilt, de Stole Popov), Lituânia (The Gambler, de Ignas Jonynas), Dinamarca (Sorrow and Joy, de Nils Malmros), República Checa (Fair Play, de Andrea Sedláčková) e Colômbia (Mateo, de Maria Gamboa) e Portugal (E agora? Lembra-me, de Joaquim Pinto).

Notícias