Terça-feira, 16 Abril

«At the Devil’s Door» por Roni Nunes

Não é fácil movimentar-se por terrenos conhecidos e o realizador Nicholas McCarthy meteu-se em histórias de casas assombradas e serial killers em The Pact e em satanismo (e casas assombradas…) neste At the Devil’s Door.

A história narra um pacto demoníaco feito por uma adolescente ingénua que afetará duramente a vida de uma ambiciosa e trabalhadora agente imobiliária de origem latina, Leigh (Catalina Sandino Moreno), e da sua irmã (Naya Rivera), uma artista independente dada a poucas demonstrações de afeto.

Aqui e ali espalham-se os signos de uma América corrompida e que serve de cenário para aparição ocasional do diabo com direito a enxofre, encruzilhadas e uma concessão de McCarthy ao explícito com um monstrengo a Labirinto do Fauno. Aqui ele não só rompe com o caráter sugestivo de A Semente do Mal, ainda hoje o filme mais emblemático de pactos demoníacos, como com o seu próprio trabalho. Neste sentido, The Pact conseguia bons resultados ao trabalhar com um mínimo de efeitos visuais e um máximo de sugestões.

Entre os equilíbrios dos elementos, a mensagem simples, o andar por caminhos trilhados e alguns descuidos amadores no argumento, At the Devil’s Door é suficientemente tenso para garantir o interesse mas cuja história demasiado rocambolesca o impede de voos maiores.

O Melhor: consegue a tempos criar uma atmosfera “satânica”…
O Pior: estruturalmente desequilibrado


Roni Nunes

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