Quinta-feira, 28 Março

Brie Larson pede mais diversidade na crítica de cinema

A atriz que ganhou o Oscar de Melhor Atriz pela sua participação em Quarto, Brie Larson, apelou a uma maior diversidade na crítica de cinema, anunciando mesmo quotas de acreditações para as minorias nos festivais de cinema de Sundance e Toronto.

O discurso foi feito após receber o Crystal Award de Excelência em Cinema, no Crystal + Lucy Awards. Larson falou sobre essa questão (via Variety), afirmando que “Dos 100 filmes de maiores receitas em 2017, menos de um quarto dos críticos eram mulheres brancas, menos de dez por cento eram homens sub-representados, e apenas 2,5 por cento eram mulheres de cor.”

Afirmando que não odeia “homens brancos“, Larson diz que não lhe interessa o que eles têm a dizer sobre A Wrinkle in Time, filme assinado por Ava DuVerney e protagonizado por um grupo diversificado de atores. “Eu quero ouvir o que uma mulher de cor, uma mulher mestiça tem a dizer sobre o filme. Eu quero ouvir o que os adolescentes pensam sobre o filme “, diz Larson.

Larson também anunciou planos para implementar um programa que permita aos estúdios de cinema a terem acesso a jornalistas e críticos sub-representados, “muitos deles freelancers“. 

Larson, entre Captain Marvel e Victoria Claflin Woodhull

Larson vai desempenhar brevemente o principal papel no filme Captain Marvel. Ela será uma piloto de Força Aérea, Carol Danvers, que adquire dotes sobre-humanos após o contacto com tecnologia alienígena. Decidida a combater o crime e defender o seu planeta, ela torna-se uma super-heroína. 
 
Vale a pena salientar que Captain Marvel, criado em 1967, era inicialmente um personagem masculino, uma resposta da editora ao rival Super-Homem da DC Comics, visto que ambos eram alienígenas a tentarem adaptar-se ao planeta Terra. Carol Danvers, que fez a sua estreia em 1968, era descrita como o interesse amoroso do herói, mas as ideia do criador era a sua transformação numa super-heroína, visto que existia uma escassez dessa temática. No inicio dos anos 70, estava agendada a primeira aventura a solo da personagem, o que não aconteceu em consequência dos executivos da empresa acreditarem que a fabricação de super-heroínas era dispendioso e pouco rentável. Porém, no final da década, Carol Danvers conseguiu a sua jornada heroica sob o título de Ms. Marvel, integrando também as equipas de Os Vingadores e X:MenEm 1982, o original Captain Marvel morre e Mrs. Marvel assume o seu legado. O filme está agendado chegar aos cinemas em março de 2019.
 

Posteriormente, diz-se que atriz vai desempenhar o papel de Victoria Claflin Woodhull num filme da Amazon. Woodhull ficou famosa na chamada Era Dourada (pós-Guerra de Secessão e pós-Reconstrução) por liderar o movimento pelo sufrágio das mulheres nos Estados Unidos da América do século XIX, sendo um símbolo da luta pelos direitos civis para as mulheres, do amor livre e das reformas laborais.

Figura controversa e motivo ainda de grande debate nos dias que correm, Victoria fez história quando – 40 anos antes das mulheres poderem votar no país -declarou que se candidatava à presidência em 1872. Ainda antes das eleições, esta ativista viria a ser detida por “obscenidades”, isto após publicar o relato do suposto caso adúltero entre o pastor Henry Ward Beecher (o mais influente porta-voz do protestantismo na época) e Elizabeth Tilton. Ben Kopit vai escrever o guião.

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