Sábado, 20 Abril

Hezbollah critica decisão do Líbano em permitir filme de Spielberg

O movimento político e militar Hezbollah, definido desde 1997 pelos Estados Unidos da América como um grupo terrorista (mas não pelas Nações Unidas), criticou o governo libanês esta sexta-feira por permitir que os cinemas exibissem o filme The Post, de Stephen Spielberg.

O filme, que inicialmente foi banido pela Comissão de Censura local, viu o governo do Líbano aprovar a sua exibição, após a intervenção do primeiro ministro do país junto do Ministério do Interior, que é o orgão que define que obras estream ou não no território.

Nós rejeitamos essa decisão. Consideramos um erro“, disse Sayyed Hassan Nasrallah, líder do grupo, referindo que Spielberg apoiou Israel na guerra contra o Líbano: “Ele pagou a Israel com o seu próprio dinheiro … para matar os seus filhos e destruir as suas casas“, disse Nasrallah.

Oficialmente, o Líbano continua em guerra com Israel desde 1948, sendo assim interditos qualquer tipo de ligações do país a esse território. 

Recorde-se que anteriormente, filmes como Wonder Woman foram proíbidos no país, essencialmente porque a protagonista, Gal Gadot, serviu nas forças armadas israelitas e apoiou publicamente as ações de Israel na Palestina.

Quanto a The Post, o filme  gira em torno do caso dos “Papéis do Pentágono”, o nome comum dado a um documento ultra-secreto ddos Estados Unidos sobre o envolvimento do país no Vietname (1945-1967).  O caso ganhou um maior foco quando, antes da sua divulgação pelo New York Times, o editor do jornal Washington Post, Ben Bradlee, e a editora Kay Graham, desafiaram o governo federal sobre o direito a publicá-los. 

Tom Hanks e Meryl Streep protagonizam a obra que tem a sua estreia em Portugal na próxima semana.

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