Sexta-feira, 19 Abril

Dois filmes portugueses premiados no Festival de Roterdão

Dois filmes portugueses foram premiados no Festival Internacional de Cinema de Roterdão (23 de janeiro a 3 de fevereiro), um dos mais importantes (e ousados) eventos do cinema europeu.

A volta ao mundo quando tinha 30 anos [na imagem acima], de Aya Koretzky, ganhou o Bright Future Award de melhor estreia no cinema, enquanto Casa de Vidro, de Filipe Martins, arrecadou o prémio na secção Voices (vozes).

Estreado no doclisboa, o filme de Koretzky é descrito como “o retrato do pai pelo olhar da filha através de um álbum de fotografias. Um diário de uma viagem à volta do mundo nos anos 1970 a partir do Japão.” Na secção Bright Future foi ainda distinguido, com uma menção especial, o filme Historia de mi nombre, de Karin Cuyul.

Casa de Vidro, que também está a concurso no Festival de Curtas Metragens de Clermont Ferrand, é uma curta metragem híbrida, entre o documentário e a ficção, que acompanha o dia-a-dia de Carlos, um sem-abrigo toxicodependente do Porto que passa dos seus dias entre o parque de estacionamento de um supermercado e a sua “casa de vidro”, um stand de automóveis abandonado, onde dorme.


Casa de Vidro

Na secção principal do certame, na corrida ao Tigre de Ouro, o vencedor foi Present.Perfect, da cineasta Zhu Shengze. Para o júri, o filme – um retrato coletivo de uma geração para quem os mundos online e offline estão fortemente entrelaçados. – “leva-nos a lugares onde nunca estivemos, traz à luz personagens que querem e precisam ser vistos, expandindo a linguagem do cinema para uma nova gramática, usando as novas imagens do milénio.”


Susanna Nicchiarelli (presidente do júri), Zhu Shengze (cineasta) e Zhengfang Yang (produtor)
 

Já o vencedor do Prémio Especial do Júri coube a Take Me Somewhere Nice, de Ena Sendijarević, e acompanha uma jovem que vive na Holanda que tem de regressar ao país de origem dos seus familiares, a Bósnia, para visitar o pai hospitalizado.

Uma nota ainda para o triunfo de Transnistra de Anna Eborn na secção Big Screen, e a distinção de Capharnaüm de Nadine Labaki com o prémio do público.

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