Já sabiamos que o novo trabalho de Samuel Maoz (Líbano), Foxtrot, não caiu nas boas graças da ministra da cultura e das artes israelita, Miri Regev, que chegou mesmo a apelar que no futuro, filmes que denigram o Estado de Israel e as suas Forças Armadas não fossem apoiados com fundos públicos. No ano passado, em entrevista, Regev disse mesmo que era “ultrajante ver artistas israelitas que contribuem para a incitação da geração mais jovem contra o exército mais moral de todo o mundo, tudo sob a aparência de arte“.
Ora, hoje chegam notícias que em Paris, um festival de cinema israelita, apoiado financeiramente por Israel, não terá qualquer elemento da embaixada do território presente na sua abertura (13 de março), devido à exibição de Foxtrot, filme que arrecadou o Grande Prémio do Júri no Festival de Cinema de Veneza.
Em Foxtrot seguimos uma família de Telavive, cujo filho morre na linha do dever, mas apresenta uma história de soldados que tentam encobrir o tiroteio de quatro adolescentes palestinos num posto de controle, isto depois de confundir uma lata de refrigerante com uma arma.
Segundo o site Times of Israel, a decisão de boicote ao filme veio diretamente do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que não gostou que o certame tenha recusado a sua recomendação de exibir outro filme na sua abertura.
