Les anarchistes, o novo projeto de Elie Wajeman (Alyah), foi o filme escolhido para abrir a Semana da Crítica (14-22 de maio), secção pararela ao Festival de Cannes.
Com Adèle Exarchopoulos (A Vida de Adèle) e Tahar Rahim (Um Profeta) no protagonismo, o filme leva-nos até Paris em 1899 e segue Jean Mayer, um policia que é escolhido para se infiltrar num grupo de anarquistas. E apesar deste trabalho poder ajudá-lo a subir na carreira e na vida social, o agente começa a ficar cada vez mais dividido no que diz respeito às suas tarefas. Se por um lado ele entrega frequentemente relatórios sobre o grupo ao seu chefe, por outro começa aos poucos a envolver-se cada vez mais nas ideologias do grupo.
Swann Arlaud (Crawl), Cédric Kahn (o realizador francês que de vez em quando atua, como em Alyah e Tirez la langue, mademoiselle), Guillaume Gouix (Attila Marcel), Karim Leklou (Um profeta) e Sarah Lepicard (Alyah) completam o elenco.
Além de Les anarchistes, o diretor artístico da Semana da Crítica, Charles Tesson, selecionou dois filmes franceses – Les deux amis, de Louis Garrel, e La Vie en grand, de Mathieu Vadepied – para as Sessões Especiais. O primeiro marca a estreia na realização de longas-metragens do ator de filmes como Os Sonhadores, Ciúme e Saint Laurent. Golshifteh Farahani, o próprio Garrel, e Vincent Macaigne fazem parte do elenco. Já La Vie en grand marca também a estreia na realização de Mathieu Vadepied, conhecido cinematógrafo que trabalhou com realizadores como Jacques Audiard e Eric Toledano e Olivier Nakache (Amigos Improváveis). As sessões especiais são completas com a presença de Coin Locker Girl, um filme de Han Jun-hee também conhecido como Chinatown.
Competição
França também está representado na competição com Ni le ciel, ni la terre, de Clement Cogitore, um drama de guerra passado no Afeganistão.
Da América do Norte chegam dois títulos: o galardoado no SXSW Krisha, de Trey Edward Shults; e Sleeping Giant, uma Andrew Cividino, uma história “coming-of-age” sobre três adolescentes que passam férias junto a um lago. Quem também coloca um par de filmes na Semana da Crítica é América do Sul. De um lado há a destacar Paulina, um remake de La patota (1960), agora assinado pelo argentino Santiago Mitre (realizador de El estudiante, em 2011); e La tierra y la sombra, o filme estreia do colombiano Carlos Acevedo.
Finalmente, a Semana da Crítica vai também apresentar Degraded, uma comédia negra palestina de Arab & Tarzan Abunasser; e Mediterranea, uma longa-metragem de Jonas Carpignano sobre dois imigrantes africanos que chegam a Itália.
Recordamos que a atriz e realizadora Ronit Elkabetz, conhecida por filmes como A Visita da Banda (2007) e Gett: O Processo de Viviane Amsalem (2014), vai presidir o júri desta secção.
Semana da Crítica
Abertura e Encerramento
The Anarchists, Elie Wajeman (abertura)
La Vie en Grand, Mathieu Vadepied (encerramento)
Sessões Especiais
Coin Locker Girl, de HAN Jun-hee
Les Deux Amis, de Louis Garrel
Competição
Longas-Metragens
Dégradé, de Arab e Tarzan Abunasser
Krisha, de Trey Edward Shults
Mediterranea, de Jonas Carpignano
Ni le ciel, ni la terre, de Clement Cogitore
Paulina, de Santiago Mitre
Sleeping Giant, de Andrew Cividino
La tierra y la sombra, de Augusto Cesar Acevedo
Curtas e Médias-Metrangens
Alles Wird Gut (Everything Will Be Okay), de Patrick Vollrath
Boys (Pojkarna), de Isabella Carbonell
Command Action, de João Paulo Miranda Maria
La Fin du dragon (The Dragon’s Demise), de Marina Diaby
The Fox Exploits the Tiger’s Might, de Lucky Kuswandi
Jeunesse des Loups-Garous (Monsters Turn Into Lovers), de Yann Delattre
Love Comes Later, de Sonejuhi Sinha
Ramona, de Andrei Crețulescu
Too Cool for School, de Kevin Philipps
Varicella (Chickenpox), de Fulvio Risuleo
