Sexta-feira, 19 Abril

Arranca hoje (21/01) o Festival Internacional de Cinema de Roterdão

Arranca hoje mais uma edição do Festival Internacional de Cinema de Roterdão, certame que vai decorrer durante dez dias na Holanda e onde se poderá assistir a muitos filmes (longas e curtas-metragens), concertos, exposições e instalações de arte, para além de paralelamente decorrer o Cinemart, evento que visa apresentar projetos cinematográficos em elaboração que precisam de diferentes elementos para a sua concretização, seja financiamento monetário, seja um representante de vendas.

Em resposta às críticas lançadas nas edições anteriores do festival, há notoriamente menos filmes este ano na programação e uma seleção com nomes mais familiares, procurando-se assim bater o número de espectadores contabilizados em 2014, e que rondaram os 287 mil.

Drama de “cortar à faca” a abrir…

O que aconteceria se os paquistaneses explodissem uma bomba atómica em Mumbai, na Índia? É essa a base de War Book, filme que abre o Festival de Roterdão e que observa, durante um período de três dias, um gabinete de crise britânico a discutir todos os cenários possíveis após este ato de guerra. Sophie Okonedo e Ben Chaplin são protagonistas desta obra que se inspira em informações divulgadas em 2009 do tempo da Guerra Fria, em que o governo britânico estudou vários cenários caso um conflito se iniciasse globalmente.

Portugal em força com seis filmes

São seis as obras nacionais que vão marcar presença no certame, duas das quais em estreia mundial: A Toca do Lobo, de Catarina Mourão, e Mined Soil, de Filipa César. O primeiro é um documentário de cariz biográfico que foi construído a partir do percurso do escritor Tomaz de Figueiredo (autor do romance homónimo), avô de Catarina Mourão, fazendo igualmente um retrato da ditadura, da resistência e do desejo de criar arte. Já Mined Soil, também ele um documentário, tem tons mais experimentais e deu origem a uma exposição, inaugurada em 2013 na Noruega, e a um filme, agora a apresentar em Roterdão. Na obra faz-se a ligação entre o processo de independência da Guiné-Bissau, Amílcar Cabral e as suas pesquisas em Portugal.

A ficção Cavalo Dinheiro, de Pedro Costa, o documentário João Bénard da Costa – outros amarão o que eu amei, de Manuel Mozos, e as curtas-metragens O Triângulo Dourado, de Miguel Clara Vasconcelos, e O Velho do Restelo, de Manoel de Oliveira, completam a presença nacional no certame.

Pussy Riot presentes no Festival

Na próxima quarta-feira, 28 de janeiro, a banda de ativistas políticas Pussy Riot vai estar presente no festival para uma conversa com o público e para a apresentação dos filmes Pussy versus Putin e Pussy Riot on Stage. Serão igualmente apresentadas as primeiras imagens de Pussy versus Putin Part 2, obra que ainda continua inédita. Os colaboradores habituais do grupo,  Jack Wood e Scofferlane. estarão também presentes no certame para um concerto.

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