Sábado, 20 Abril

Entrevista a Marc Webb, realizador de «O Fantástico Homem-Aranha 2: O Poder de Electro»

“Queria fazer o maior filme do Homem-Aranha de sempre”

Mark Webb, o artífice por detrás dos ‘brinquedos’ providenciado pelos estúdios da Sony, descreve ao C7nema como foi o delírio de viver a rodagem deste genuíno popcorn movie.

Que tal a sensação de arrasar Times Square?

Foi mesmo divertido! Escrevemos essa sequência a várias mãos, a tentar perceber como conseguiríamos colocar aquele monstro eléctrico. Lembro-me de estar ainda na pre-produção e não conseguir imaginar como poderíamos fazer aquele estardalhaço todo. E pensei que poderia construir uma reprodução dessa área gigantesca, mesmo sem perceber como iria fazer. Mas como estou habituado a fazer clipes musicais e que me digam que não posso fazer isto e aquilo, achei que de algum modo se arranjaria um modo de o fazer. Felizmente, do estúdio disseram-me que seria ok, que construíam o cenário de Times Square em Long Island.

Não sentiu um momento infantil só por estar atrás de uma câmara e perceber que podia destruir tudo e dar largas à sua imaginação?

Foi ao mesmo tempo demasiado divertido, mas também uma má lição para perceber que poderia destruir tantas coisas. Mas acabou por ser um espetáculo. A verdade é que uma parte mais vaidosa de mim queria me queria superar e fazer o maior filme de Spider-Man de sempre. Dito isto, acho que com toda essa dimensão é possível que percamos uma noção da personagem. Sobretudo porque Max (Jamie Foxx) começa por ser o maior amigo de Peter Parker e depois Electro (também Jamie Foxx) passa a ser o pior inimigo do Homem-Aranha. Mas quando estava a filmar queria que fossem ‘momentos trailer’, de grande ação épica.

Também filmou nas ruas de Manhattan. Como foi a experiência, dado que os habitantes de Manhattan não devem achar muita piada a verem as ruas cortadas durante horas…

Sabe uma coisa, este filme foi o primeiro do Homem-Aranha a ser filmado em Nova Iorque e o maior filme de sempre filmado em NYC. Mas, por mais incrível que pareça, ninguém protestou. Acho que as pessoas já estão habituadas a conviver com equipas de rodagem. O que eu queria desde o início era o tipo de filme comic book cartoon, bombástico e exagerado.

Como aquela sequência louca com o Paul Giamatti na personagem de Rhino…

(risos) Sim muito exagerada, mas os miúdos adoram. Daí o uso daquele miúdo vestido de Homem-Aranha no meio dessa sequência.

Como realizador, qual foi a parte mais divertida de fazer este filme? Teve obviamente muito trabalho, mas calculo que diversão também enquanto realizador…

Para mim, a parte mais divertida foi fazer a banda-sonora.

A sério?!

Sim, é algo que eu estou habituado e não tinha a ver com a rodagem. Era só eu com alguns músicos fechados numa sala a ter ideias para criar música e sons. Eu tive a possibilidade de fazer pequenas participações, mas foi bom poder contar com o Johnny Marr, o Pharrell Williams e o Hans Zimmer..

Uma equipa de luxo. Sentiu que esta parte combinava com a sua anterior experiência em vídeos musicais?

Sim, claro. É muito difícil separar uma da oura. Para mim, é difícil pensar numa cena sem ter uma conotação musical.

Sabe quando começam a rodar o terceiro filme?

Não (risos), isso não faço ideia. Até porque pelo meio teremos Venom e  Sinister Six… Vamos ver como todos estes filme se cruzam e se complementam.

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