Sábado, 20 Abril

«Final Score» (Golpe Final) por Jorge Pereira

Após atuar mais de 100 anos no Upton Park, o West Ham mudou-se para o Estádio Olímpico de Londres na temporada de 2016/2017 e um dos beneficiários disso foi o realizador Scott Mann, que assina a realização deste Final Score (Golpe Final), uma espécie de Die Hard com Dave Bautista (o Drax de Guardiões da Galáxia) em modo Dwayne “The Rock” Johnson a lidar com terroristas.

Toda a ação passa-se no velhinho Upton Park, que como ia ser demolido, pôde ser aproveitado para todo o tipo de malabarismos cinematográficos, sejam perseguições de mota que vão dos corredores à cobertura do estádio, sejam lutas nas cozinhas e casa de banhos, e até mesmo a explosão de parte das bancadas. É um festim de pirotecnia e pancadaria assente nas capacidades dramáticas e de ação de Bautista, aqui no papel de um antigo soldado norte-americano que visita a filha do seu falecido “irmão” e que a leva a ver um jogo de futebol entre o West Ham e o Dynamo FC. Enquanto os dois assistem o jogo, a miúda escapa para ir ter com um rapaz, um verdadeiro duplo azar para Bautista que vai ter de lidar pelo meio com terroristas que procuram um antigo líder revolucionário (Pierce Brosnan) de uma região dos balcãs.

Se Bautista e Ray Stevenson (o grande vilão) entregam sequências capazes de agarrar os fãs de ação desmiolada, é na relação do primeiro com a “sobrinha” que assenta a parte emocional. Já os toques de comédia vêm de um steward apanhado no meio deste caos. Amit Shah, no papel de Faisal, é um pouco como o Dopinder (Karan Soni) em Deadpool, entregando sequências e situações de humor, funcionando claramente como o comic-relief despreocupado e irónico que atenua a “seriedade” do caso terrorista.

No final e feitas as contas. Final Score acaba por ser um empate a 1. Tem alguns momentos razoáveis e atores capazes de cumprir os mínimos, mas não consegue ir além do filme genérico escapista para ver no domingo à tarde na TV.


Jorge Pereira

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