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«OMG, I’m a Robot!» por Roni Nunes

O filme escolhido para o horário nobre do sábado no Fantasporto foi uma comédia “futurista” israelita de Tal Goldberg e Gal Zelezniak. Com STIGES no currículo e a sua interessante direção de arte (a cargo de Barak Vazan) premiada em Israel, o filme traz uma imersão no imaginário dos anos 80 remetendo à uma mistura de Robocop com Que Loucura de Mulher
 
O filme narra a história de Danny (Yotam Ishay) um nerd ultra-sensível que anda há oito meses na rua da amargura por ter sido abandonado pela namorada. Até que ele descobre que é um robô e tem poderes de disparar raios lasers. Logo ele se vê envolvido num mundo com uma corporação sinistra, ninjas-robôs, madames em apuros, madames fatais e um cientista louco.
 
Os 80s são uma boa forma de tornar credível um filme de ficção científica de muito baixo orçamento, produzido num país que nunca investe no género – com direito a efeitos visuais retro e até referências aos jogos de videogames.
 
Assumidamente escapista numa terra de conflito permanente,o filme tem algumas boas piadas – embora o último terço dificilmente consiga escapar da banalidade dos filmes de aventura em que a “heroína-tem-que-ser-salva-dos-malvados“, ainda que encerrando com alguma graça na sua mensagem pacifista leve – num mundo em que, como diz alguém no filme, “só mesmo um robô pode ter tão bom coração“. 
 
O melhor: bons momentos de humor
O pior: a banalidade do último terço
Roni Nunes