Mais de 40 grandes nomes ligados ao cinema, incluindo Martin Scorsese, Spike Lee, Quentin Tarantino, Roger Deakins e Vittorio Storaro, criticaram a decisão da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de não transmitir em direto – na sua emissão televisiva – a atribuição de quatro Oscars: cinematografia, edição (montagem), curta-metragem em imagem real, e maquilhagem & penteados.
Numa carta aberta ao presidente da AMPAS, John Bailey, o grupo – que se junta a outros protestos que se espalharam pelas redes sociais, com nomes como Guillermo Del Toro e Alfonso Cuáron a fazerem as manchetes – pede que a decisão de não transmitir essas quatro categorias “seja revertida”, pois esta ação contraria a Academia, cujo o objetivo é “celebrar o cinema como uma forma de arte colaborativa.”.
“A Academia foi fundada em 1927 para reconhecer e manter a excelência nas artes cinematográficas, inspirar a imaginação e ajudar a conectar o mundo através do meio universal dos filmes (…) Infelizmente, já nos distanciamos desta missão na nossa busca de apresentar entretenimento ao invés de apresentar uma celebração de nossa forma de arte e as pessoas por trás dela. Relegar esses ofícios cinematográficos essenciais para um status menor nesta cerimónia do Oscar não é nada menos que um insulto para aqueles de nós que dedicaram as nossas vidas e paixões à nossa profissão escolhida.“, diz o grupo.
Os realizadores Cary Joji Fukunaga, Spike Jonze, Dee Rees, Seth Rogen, e os diretores de fotografia Caleb Deschanel, Janusz Kaminski, Ed Lachman, Emmanuel Lubezki, Reed Morano, Rachel Morrison, Guillermo Navarro e Linus Sandgren são outros dos signatários deste “protesto”.
Vale a pena referir que a Academia pretende transmitir a cerimónia via streaming no seu site e nas suas redes sociais. Esta transmissão não terá cortes, por isso apresentará as quatro categorias omitidas na transmissão de TV.
A votação final para os Oscars começou na terça-feira, 12 de fevereiro. A cerimónia de entrega dos prémios será domingo, 24 de fevereiro.
