A EuropaCorp de Luc Besson está a sondar potenciais investidores que tragam liquidez à empresa. Apesar de ser claramente a empresa francesa ligada ao Cinema que mais lucros tem na exportação de filmes para o exterior, a EuropaCorp da Luc Besson é também a que mais gasta (investe) nas suas produções.
Com o fracasso nas bilheteiras de O Círculo, Heróis da Nação e especialmente Valerian e a Cidade dos Mil Planetas, que custou cerca de 177,2 milhões de dólares (144,6 milhões de euros) – fora os custos de marketing – e rendeu apenas 225 milhões de dólares globalmente (184 milhões de euros), a empresa viu-se forçada a lançar um programa de despedimentos que vai suprimir 22 postos em França, bem como reduzir a sua produção para 2 ou 3 filmes em lingua inglesa anualmente, e 2 em francês.
A capitalização de mercado da empresa caiu para 57,4 milhões de euros desde quinta-feira, enquanto as perdas atingiram os 119,9 milhões euros no ano fiscal que termina em março de 2018. As dívidas líquidas estão agora nos 230 milhões de euros, sendo assim necessário encontrar um investidor até ao final de março.
Diz a Variety que a EuropaCorp prefere encontrar um acionista que possa investir 100 milhões de euros, em vez de ter seus ativos vendidos de forma fragmentada. Ainda de acordo com a revista, a EuropaCorp pediu ao seu principal credor, a JP Morgan, para encontrar alguém que possa injetar esse capital na empresa, bem como reestruturar e pagar uma parcela das suas dívidas.
O empresário de negócios Tarak Ben Ammar, acionista da The Weinstein Co. e membro do conselho diretivo da Vivendi, é apontado como o principal alvo, sendo o potencial negócio feito através da sua Eagle Pictures, o maior distribuidor independente de Itália. Ammar já possui uma participação de 25% na Cite du Cinema de Besson, um mega estúdio localizado nos arredores de Paris, por isso as ligações com Besson podem ajudar no negócio.
Diz ainda a Variety que quem também está interessada na aquisição da empresa de Besson é a Lionsgate, que trabalha atualmente com Besson no thriller Anna, bem como a TF1, que vê o catálogo da EuropaCorp, onde se incluem as sagas Taken e Transporter, bem como títulos fortes como Lucy, como potenciais investimentos seguros.
