Terça-feira, 19 Março

Próxima paragem: Croisette – Apostas para Cannes 2019

 

Terminada a Berlinale, no domingo, com a vitória de Nadav Lapid e seu Synonymes, começa a especulação sobre quem vai concorrer no próximo dos grandes festivais de cinema do mundo… o mais glamoroso: Cannes, agora na 72ª edição.

Este ano, a Croisette abre as suas portas para o cinema autoral de 14 a 25 de maio. Estima-se que a abertura será com Rocketman, a cinebiografia de Elton John, com Taron Egerton no papel do cantor – mas nada foi oficialmente confirmado, tampouco a hipótese de que o júri da Palma de Ouro há de ser presidido pela diva italiana Sophia Loren, hoje com 89 anos. Na Berlinale, Dieter Kosslick, o seu ex-diretor artístico, falou do desejo de ter Radegund, de Terrence Malick, que traz uma atuação inédita de Bruno Ganz (morto no dia 17), mas deixou no ar a impressão de que o filme estaria guardado para o grande ecrã do Palais des Festivals da França. Diante de todos esses boatos que hoje aquecem a indústria cinematográfica acerca do evento, o C7nema compilou uma lista de potenciais candidatos aos prémios do evento. Confira:

Once upon a time in Hollywood

Com um elenco de matar os estúdios rivais de inveja, filmando com Al Pacino, Margot Robbie, Bruce Dern, Brad Pitt e Leonardo DiCaprio, Quentin Tarantino faz uma pausa nos faroestes, após “Os oito odiados” (2015) e “Django Unchained” (2012), para recriar o cinema americano no final dos anos 1960, a partir do assassinato da modelo e atriz Sharon Tate;


Radioatividade

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A desenhadora e animadora Marjane Satrapi (“Persépolis”) recria a história de amor entre os cientistas Marie e Pierre Curie (com Rosamund Pike e Sam Rilley) para fazer uma reflexão sobre os abusos do progresso tecnológico;


 The dead don’t die

Jim Jarmusch aposta no filão “filme de mortos-vivos” levando sa ua estética indie e existencialista para um levante de zombies, tendo Bill Murray, Adam Driver e Tilda Swinton às voltas com seres do Além;


A vida invisível

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Sob a direção de Karim Aïnouz (de “O céu de Suely”), Fernanda Montenegro pode surpreender plateias europeias numa trama sobre uma mulher criada para viver sob o véu da invisibilidade. Hélène Louvart (de “Lazzaro felice”) assina a fotografia;


 Dolor y glória

Pedro Almodóvar já disse várias vezes que cada filme seu é um pedaço da sua biografia. No seu novo trabalho, que estreia em março em Espanha, ele parece ter ido mais fundo em si mesmo, ao narrar a saga de um cineasta (Antonio Banderas) que revê seu passado na relação com a mãe (Penélope Cruz);


Dominó

Depois de muitos conflitos de produção com investidores que lhe deram calote, o artesão do suspense Brian De Palma (“Vestida para matar“) finalmente concluiu o seu novo thriller, ambientado em solo escandinavo. Nikolaj Coster-Waldau (de “Game of Thrones“) é um policial empenhado em se vingar do assassino do seu parceiro. É o primeiro filme que De Palma faz desde “Paixão” (2012);


Ahmed

Jean-Pierre e Luc Dardenne, cineastas belgas, irmãos, vencedores de duas Palmas de Ouro (por “Rosetta” e “O Miúdo da Bicicleta“), voltam às telas com a história de um jovem europeu que tem uma leitura equivocada do “Alcorão” e resolve assassinar o seu professor;


As filhas do fogo

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Às voltas com o calvário de saúde do seu ator fetiche (e amigo) Ventura, o português Pedro Costa, consagrado por obras como “Juventude em marcha” (2006), finaliza, a duras penas, este drama sobre dona Vitalina Varela, uma imigrante radicada na periferia de Lisboa que luta para preservar os sonhos que trouxe da África;


Bergman Island

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Queridinha da crítica (com razão, dada sua acurada habilidade de registrar dilemas existenciais), Mia Hansen-Love, atriz e cineasta francesa, narra as aventuras emotivas de um casal em crise no meio da descoberta da obra cinematográfica do diretor de “Persona“;


Convoi exceptionnel

Após um hiato de quase dez anos de ausência das telas, Bertrand Blier, um campeão das bilheteiras do cinema francês das décadas de 1970 e 80, aclamado por Meu marido de batombrTraje de Noitept (1986), regressa aos ecrãs com uma comédia sobre um homem que descobre ser o tema do guião de um filme: ou seja, ele percebe que a vida não passa de uma cruel ficção. Gérard Depardieu está no elenco;


Bacurau

Três anos após Aquarius, Kleber Mendonça Filho divide com Juliano Dornelles a direção da sua nova longa metragem, um misto de drama, mistério e sci-fi, ligado à incursão de um projeto documental estrangeiro no interior de um Brasil onde seus habitantes não são tão cordiais quanto Sergio Buarque de Holanda acreditava. Com Sonia Braga e Udo Kier no elenco;


Radegund

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Vencedor da Palma de Ouro com o transcendentalismo de “A árvore da vida” (2011), o americano Terrence Malick pede licença a Deus para dar um tempo nos seus dramas de tom transcendental a fim de regressar à Segunda Guerra Mundial (ambiente do seu genial “Além da linha vermelhabr/A Barreira Invisívelpt“) e filmar  a saga de um herói austríaco que combateu nazis. August Diehl (de “O jovem Karl Marx“) assume o papel central;


Georgetown

O oscarizado ator austríaco Christoph Waltz (o nazi poliglota de “Bastardos inglóriosbr/Sacanas Sem Leipt“) estreia na drealização filmando a saga de um alpinista social (vivido por ele mesmo) que se casa com uma ricaça (Annette Bening) a fim de se dar bem na vida e fazer carreira política;


To the Ends of the Earth

Conhecido aqui por thrillers como “Creepy” (2016), o prolífico diretor japonês Kyioshi Kurosawa, mestre asiático do terror, investe de novo num drama para filmar o conflito existencial de uma mulher que faz vídeos de viagem. Numa jornada ao Uzbequistão, as suas certezas sobre si são postas à prova;


The lighthouse

O realizador de “A bruxa” (2015), Robert Eggers, coordena Robert Pattinson e Willem Dafoe num filme de terror sobre os mistérios de um farol.

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