Terça-feira, 19 Março

A difícil tarefa de ser «The Only Living Boy in New York»

Thomas (Callum Turner) é um jovem indecisivo sobre o seu futuro. Acabou a universidade mas não tem certeza do que quer fazer com a sua vida – exceto aproximar-se de Mimi (Kiersey Clemons), uma jovem extremamente atraente que se esforçava por manter Thomas somente como amigo.

Ainda assim, o rapaz prefere sair Mimi em vez de passar o tempo com sua mãe emocionalmente instável, Judith (Cynthia Nixon) e Ethan Webb, o pai (Pierce Brosnan), cujo casamento está a em queda livre. Para piorar a relação entre pai e filho, Ethan não se mostra entusiasmado com a ambição de Thomas de se tornar um escritor.

Muito mais simpático é WF (Jeff Bridges), um romancista cuja relação com Thomas não é imediatamente aparente, mas cujo zelo, conselhos e inspiração tornam-se essenciais para a vida do jovem. Thomas está particularmente interessado em qualquer conselho que o possa ajudar a conquistar o coração de Mimi.

Mas é forçado a alterar as suas prioridades quando conhece Johanna (Kate Beckinsale) – uma mulher mais velha, inteligente, bonita e muito sexy. Rapidamente Thomas e Johanna envolvem-se mas há apenas um problema: ela é amante do seu pai.

Se o espectador tem algum tipo de antipatia com histórias que têm com cenário principal o sofisticado mundo de Nova Iorque, provavelmente não vai gostar de The Only Living Boy in New York, um drama elegante envolto numa quantidade razoável de matéria cinzenta, com alguma lentidão e sem arriscar muito no que às relação físicas diz respeito.

Como curiosidade, este foi o segundo filme de 2017 a receber como título uma música de Simon & Garfunkel (depois de Baby Driver). A crónica de Marc Webb possui uma sensibilidade literária mas não aproveita ao máximo o elenco admirável que tem. Trabalhado a partir o argumento de Allan Loeb (Things We Lost in the Fire), The Only Living Boy in New York é agradável e pode ser catalogado como um filme oriundo de um universo mais indie do cinema norte-americano. É uma alternativa bem-vinda às extravagâncias dos super-heróis.

O filme é uma ótima “montra” para o jovem Callum Turner, que segundo demonstra, ainda vai dar muitas cartas na sétima arte.

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