Terça-feira, 23 Abril

9-1-1. A primeira impressão

A frase que mais vamos ouvir nesta nova aposta da FOX é “9-1-1. What’s your emergency?

No episódio piloto cabe a Abby Clark (Connie Britton) a apresentação do propósito desta nova série. A experiente atriz de Nashville e da saudosa Friday Night Lights humaniza logo nos primeiros momentos deste primeiro capítulo, a história. Abby é uma operadora do serviço de emergência, que com um grande problema em casa, não negligencia a sua missão de tentar, a todo o custo, ajudar a salvar a vida de terceiros através do telefone.

9-1-1 aborda as histórias das equipas que prestam primeiros socorros em Los Angeles – bombeiros, paramédicos e polícias. À experiente Connie Britton juntam-se os igualmente competentes Peter Krause, que interpreta o bombeiro Bobby, que se entrega de alma e coração ao trabalho para tentar superar vícios pouco saudáveis, e Angela Bassett que dá vida a Athena, uma agente da polícia com problemas matrimoniais.

A série não mostra nada que já não tenhamos visto. Polícias, bombeiros, paramédicos e as suas rotinas habituais e as suas vidas além da profissão.

A série criada por Brad Falchuk, Tim Minear e Ryan Murphy tem uma surpreendente falta de coerência narrativa: duas emergências principais e várias menos importantes são dispersas pelo episódio sem terem uma relação entre si. É ao jovem bombeiro Buck (Oliver Stark) que cabe o “privilégio” de ter um arco narrativo ao longo do episódio piloto, começa por ser um rapaz irresponsável e acaba por ser obrigado a amadurecer.

Mas o maior problema de 9-1-1 é o facto de que aos três principais e excelentes atores: Britton, Krause e Bassett não têm um minuto de interação entre si. As personagens são sedimentadas no seu próprio universo: Britton está presa a trabalhar em frente a um computador, Bassett está distraída com problemas com o marido e a Krause cabe o papel de ser babysitter. Este facto é um tanto ou quanto ofensivo para o publico que, certamente adoraria ver estes três experientes atores a ter algum tipo de interação entre si e poderiam, sem grande esforço oferecer à audiência momentos com mais e melhor latitude narrativa e interpretativa. É mais estranho ainda o facto de que é dado ao já citado Bobby e a Aisha Hinds e Kenneth Choi – três personagens secundárias – os momentos mais memoráveis do episódio.

Vamos ver como serão os próximos episódios sendo que, apesar da experiencia não ter oferecido nada de novo, não é possível ignorar a presença de Bassett, Krause e Britton. Atores que têm provas mais que dadas de que são bons naquilo que fazem e por isso são chamariz imediato de públicos. Pelo elenco escolhido, queremos mais e obrigatoriamente melhor.

É uma obrigação!

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